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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

"Desmundo" - Um lugar onde não se poderia viver

Marta Caetetu - à 0h 20

Mulheres da Metrópole à mercê do Desmundo
Com roteiro de Alain Fresnot (Diretor), Sabrina Anzuategui e Anna Muylaert., "Desmundo" (2003) é o filme que, após "Carlota Joaquina, Princesa do Brasil" (1995), representa com maior rigor (e vigor) parte da história do Brasil. 
É uma adaptação do livro homônimo de Ana Miranda, que centra sua narrativa no papel da mulher durante o período colonial, mostrando-o através de suas não escolhas, não opções, não amores...
A linguagem chama a atenção por reproduzir o português arcaico, que nos conduz ao "mundo" das últimas décadas do século XVI. 
"Desmundo" é um filme brasileiro pouco publicizado para a grandeza que esta obra filmográfica representa. Afinal, não é toda hora que nos deparamos com produções bem elaboradas e que acrescentam aspectos positivos à indústria cinematográfica.
Logo no início, vê-se uma embarcação e a imagem da câmera fechada em uma das mulheres que são obrigadas a cruzar o Atlântico rumo ao destino traçado politicamente. Era necessário, à época evitar que os colonos portugueses tivessem filhos com as nativas. Plano que sabemos, hoje, não ter obtido tanto sucesso.
As mulheres escolhidas eram órfãs, o que, por si só, já as tornava um estorvo social. À mulher, cabia ser "propriedade" de alguém. No caso da orfandade em tempos Coloniais, a prerrogativa passava à Igreja e à Coroa.

Algumas imagens do filme








O filme


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