Sou, temporalmente, "filha" da ditadura. Nasci no ano de 1964. Caso fosse antes, sei que não aceitaria de bom grado a ditadura aqui vitoriosa.
Porém, publicizar os fatos elencados (e jamais contestados) pelo jornalista Carlos Chagas é uma questão de indignação às práticas de nepotismo, prevaricação, entesouramento ilícito, dentre outras, que tomamos conhecimento acerca de um passado, já na nossa novíssima Democracia, bem como dos fatos atuais.
Carlos Chagas |
Autor : jornalista CARLOS CHAGAS
Não sou favorável a comparações. Prefiro apresentar o que foi feito em uma época e o que está sendo feito agora, pois as situações são diferentes. Porém, neste caso, tomo a liberdade de aproveitar um artigo do jornalista Carlos Chagas, lido na internet. Assim ele começa:
“Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos. Mas uma evidência salta aos olhos. Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas. Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção em Copacabana. Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão. Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio. João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado, que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação. Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas. Bem diferente dos tempos atuais, não é?
Por exemplo, o Lulinha, filho do Lula, era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada política) de R$ 1.200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara, adquirida por 47 milhões de reais e, detalhe, comprada à vista. Centenas de outros políticos também trilharam e trilham o mesmo caminho. Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos os políticos, garanto que 95% não passariam, seria comprovado destes o enriquecimento ilícito. Como diria Boris Casoy: ‘Isto é uma vergonha’ e, pior, ninguém faz nada.”
“Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos. Mas uma evidência salta aos olhos. Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas. Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção em Copacabana. Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão. Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio. João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado, que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação. Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas. Bem diferente dos tempos atuais, não é?
Por exemplo, o Lulinha, filho do Lula, era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada política) de R$ 1.200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara, adquirida por 47 milhões de reais e, detalhe, comprada à vista. Centenas de outros políticos também trilharam e trilham o mesmo caminho. Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos os políticos, garanto que 95% não passariam, seria comprovado destes o enriquecimento ilícito. Como diria Boris Casoy: ‘Isto é uma vergonha’ e, pior, ninguém faz nada.”
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