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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Os poderes papais e a tradição medieval

Marta Caetetu

"Tiara e poderes do Papa: o olhar de um sociólogo da religião"

Não é a primeira vez que publico um texto de Pedro A. Ribeiro de Oliveira. É um conhecido sociólogo da religião, professor da da disciplina na PUC-MG, cristão engajado nas CEBs, assessor por anos da CNBB e um dos fundadores e animadores do Movimento Fé e política. Lê com espírito crítico textos teológicos, inclusive os meus. Sempre aprendo muito dele, pois é muito arguto, identifica lacunas e revela raro sentido político e ético das questões. Como nestes dias se discutirá muito sobre a renúncia do Papa Bento XVI, seguramente este texto, ajudará as pessoas a conhecerem melhor como funciona a mente dos Papas e dos Cardeais eleitores que assumem esta visão tradicional do ofício papal. Merece ser lido: Lboff

                    A inesperada renúncia do Papa Bento XVI abre o processo que elegerá seu sucessor no pontificado.  Durante séculos constou da cerimônia de inauguração do pontificado a tiara: ornamento de cabeça com três coroas superpostas.  de origem medieval, a tiara simboliza a conjunção dos três poderes.  Ao ser coroado, O Papa recebia a tiara como símbolo de tornar-se então "Pai de Príncipes e Reis, Pastor de toda a Terra e Vigário de Jesus Cristo".  O último papa a colocá-la na cabeça foi Paulo VI, que em 1963 a depositou aos pés do altar para não mais ser usada. Desapareceu, assim, o antigo símbolo do poder temporal dos papas.

                    Acabou-se o símbolo, com certeza, mas não os poderes temporais.  Embora o papa não consagre chefes de Estado, não comande exércitos nem dirija alguma corporação transnacional, ele continua a exercer poderes que não são insignificantes.  Sem alarde e sempre alegando servir a Igreja, os últimos papas conservaram os principais poderes que a tradição medieval lhe atribuiu. [...]

Para ler o texto na íntegra, clique aqui

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