O nacional e o cosmopolita na música de dança do século XIX
A música de dança foi um dos negócios musicais mais lucrativos do século XIX. Do salão burguês e aristocrático aos salões públicos, a música para dançar virou uma verdadeira febre na Europa no período.
Seu sucesso ultrapassava fronteiras. O grande avanço na mobilidade
advindo do crescimento das estradas de ferro, bem como um mercado
organizado de distribuição musical internacional, estimulavam esse
fenômeno. Assim, orquestras como a de Josef Lanner e Johann Strauss II
empreendiam diversas turnês pela Europa, o que estimulava a criação de
um estilo cosmopolita dentro dos gêneros musicais para dança. No
entanto, grande parte da demanda vinha dos lugares de origens dessas
orquestras, o que apontava a necessidade da assimilação das
características musicais locais. Assim sendo, um grande esforço era
empreendido pelos músicos-empresários na tentativa de equilibrar o
nacional e o cosmopolita. Como aponta o musicólogo Derek B. Scott, “a
valsa, os menestréis blackface, o music hall e o cabaré francês não
demoravam para atravessar as fronteiras nacionais à medida que os meios
de disseminação se encontravam disponíveis. A razão é simples: essa
música se tornou disponível sob a forma de commoditie criada para a
troca, e não devia jamais se limitar ao (gosto) local de maneira a se
tornar confusa ou ininteligível para um público amplo” (Scott, 2011, p.
44).
#momentomusicaesociedade
...
Referência
SCOTT, D. Sounds of the Metropolis: The 19th Century Popular Music Revolution in London, New York, Paris and Vienna. Oxford: Oxford University Press, 2011
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