Nasce uma escritora
Desde muito pequena, Ana Caetetu já dava sinais de que seria uma leitora voraz, além de rabiscar alguns contos.
Pois bem, Ana cresceu e tomou tantos outros rumos, que, pouco a pouco, o prazer de ler/escrever perderam o enorme espaço que ocupavam em sua vida.
Eis que para minha grata surpresa, após mais de três décadas de separação entre ela e a profusão de ideias, enfim, está no prelo seu primeiro livro. E por sinal, valeu a pena aguardar por tal momento. Ana escreve com a simplicidade de menina e nos impulsiona a um leque reflexivo acerca das relações sexuais a partir dos sessenta e suas (possíveis) implicações no cotidiano doméstico.
O livro reúne entrevistas (e entreouvidos) e debates com os entrevistados, a partir de um ponto de vista maiúsculo no sentido de que o detalhe reside na forma como a autora sublinha aspectos presentes na superfície do tecido social mas, que, de modo geral, preferimos fazer de conta que não existem.
Antes que eu me esqueça, li seus rascunhos e sei que seu livro fará muito sucesso,